Olá, o meu nome é Robert Dawson e tenho 23 anos e sou um cantor e compositor de Limerick, Irlanda.

Quando eu tinha 3 anos de idade, fui colocado num sistema de acolhimento. A minha mãe adotiva foi quem me fez entrar na música, cantávamos sempre Adele no carro! Ela faleceu quando eu tinha 10 anos e o meu mundo desmoronou-se. Mas sempre me agarrei com força à fantástica dádiva que ela me deu, a música.

A minha vida de jovem adulta foi muito confusa, a minha saúde mental desmoronou-se, mas a música esteve sempre presente. Aos 12 anos comecei a escrever canções como forma de lidar com a minha dor e trauma, o meu amor pela música e pelo canto transformou-se em algo muito mais.

Como adulto, a minha saúde mental rege a maior parte da minha vida e a música é o meu escape, é aquilo em que sou bom. Num mundo em que toda a gente é melhor do que eu em tudo o resto, a música é onde me destaco e onde sinto que pertenço. Colocar o meu trauma em canções está a ajudar-me a curar o meu trauma de infância. Em 2022, na sequência de um colapso mental, fui internado na unidade psiquiátrica da UHL e foi-me diagnosticado um distúrbio de personalidade chamado Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável, que afecta todos os aspectos da minha vida, exceto a minha música.

Acho as coisas do dia a dia difíceis porque a minha ansiedade e depressão tomam conta de mim. Se tivesse equipamento de estúdio em casa, abrir-me-ia muitas portas, poderia gravar música de melhor qualidade em casa e lançá-la eu mesmo, dando-me a liberdade e os recursos para seguir o meu sonho e, espero, fazer uma carreira na música