Atualmente a trabalhar numa peça chamada:

Inadequado para um escravo

Na vida, todos nós enfrentamos momentos de escuridão - alturas em que nos sentimos esmagados por desafios, medos ou dúvidas. Estas batalhas internas podem parecer correntes que nos prendem, limitando a nossa capacidade de ver um caminho a seguir ou de acreditar na possibilidade de mudança. O poema serve para nos lembrar que, mesmo nas lutas mais profundas, a esperança e a transformação são possíveis. A chave está na resiliência, na coragem e na fé em nós próprios. No entanto, este percurso pessoal em direção à libertação também reflecte a luta histórica e social mais vasta contra a opressão física e sistémica, como a escravatura.

A escravatura, no seu sentido mais literal, representa um dos capítulos mais negros da história da humanidade - milhões de pessoas despojadas das suas liberdades e a quem foram negados direitos humanos básicos. No entanto, mesmo perante uma crueldade inimaginável, o espírito humano tem-se revelado resistente. Muitos indivíduos escravizados lutaram pela sua liberdade não só com resistência física, mas também através do poder da mente. A libertação mental tornou-se uma parte essencial da sobrevivência e, por fim, da emancipação.

Esta ligação entre liberdade interna e externa está no centro do poema. A imagem da noite que se transforma em madrugada simboliza a viagem da opressão à libertação. Para as pessoas escravizadas, não se trata apenas de uma viagem metafórica, mas de uma viagem muito real, que muitas vezes depende da força da esperança, do conhecimento e da coragem interior para sobreviver e resistir.