Imagine uma família de quatro pessoas: um pai, uma mãe e dois filhos pequenos, com cerca de 6 anos. Vivem num pequeno quarto alugado numa zona desfavorecida, numa casa antiga que herdaram mas que está em mau estado. As paredes estão cobertas com papel de parede velho, descascado e com humidade visível, pintado com cores baças e tristes. O chão está coberto de linóleo rasgado e descolorido, com tábuas que rangem a cada passo, frio e pouco acolhedor!

No centro desta existência frágil está o pai, na casa dos 40 anos, um homem que já foi talvez cheio de vigor, mas que está agora desgastado pela doença. Sofre de uma doença crónica debilitante, uma doença grave que o mantém acamado a maior parte do tempo, um problema de saúde que o impede de fazer esforços físicos. O seu corpo está fraco, pálido, com os olhos encovados e uma expressão de dor e de impotência. Passa a maior parte dos seus dias na cama, com forças limitadas mesmo para actividades simples, dependente da ajuda da mulher para as necessidades mais básicas. A esperança de um futuro melhor parece ter-se desvanecido na sombra da doença.

Ao seu lado, com uma força e uma devoção admiráveis, está a sua mãe, com cerca de 35 anos. No seu rosto, há sinais de cansaço crónico e de preocupação constante. Embora gostasse de trabalhar para dar um sustento decente à família, a realidade é uma tensão. Tem de estar sempre ao lado do marido doente, prestando-lhe cuidados e apoio. Ao mesmo tempo, é mãe de duas crianças pequenas, de olhos grandes e curiosos, mas com roupas simples e talvez um pouco gastas, com uma explosão de energia típica da sua idade, mas por vezes com uma sombra de ansiedade nos olhos, sentindo o ambiente pesado da casa. Divide o seu tempo entre ajudar o marido a levantar-se da cama, preparar a modesta comida que têm, garantir que as crianças estão alimentadas, vestidas e, na medida do possível, felizes.

A sua casa reflecte a luta constante pela sobrevivência. A mobília é o essencial, uma cama velha e rangente, um sofá gasto com nódoas, uma pequena mesa com cadeiras desencontradas. Os brinquedos das crianças são poucos e simples, muitas vezes feitos ou recebidos de outros. As prateleiras estão quase vazias, sinal da constante falta de mantimentos. Não há cozinha, têm de preparar a comida no exterior ou na mesma divisão onde vivem, utilizando um velho fogão!

O rendimento familiar é praticamente inexistente. Sem a possibilidade de o pai trabalhar e com a mãe a ter de ficar em casa a cuidar dele e dos filhos, a dependência da ajuda ocasional de familiares ou de pessoas de bom coração é total. Todos os dias é uma luta para pôr algo na mesa, pagar as contas mínimas e fazer face a despesas inesperadas que, no seu caso, rapidamente se transformam em grandes crises.

Os filhos sentem a tensão constante, mesmo quando os pais tentam protegê-los. Vêem a tristeza nos olhos da mãe e a impotência nos do pai. Por vezes, têm de compreender porque é que não podem ter os brinquedos ou as roupas que as outras crianças têm, ou porque é que as refeições são tão simples e repetitivas. No entanto, no meio das dificuldades, existe um forte laço de afeto e apoio nesta família. A mãe encoraja os filhos e apoia o marido com uma paciência infinita, e os filhos, por sua vez, rodeiam o pai com amor e inocência.

Esta família não está a pedir piedade, apenas uma oportunidade para ultrapassar este momento difícil. Uma ajuda poderia dar ao pai acesso a cuidados médicos suplementares, proporcionar às crianças uma alimentação mais saudável e reduzir o enorme fardo financeiro que pesa sobre os ombros da mãe. Cada donativo, por mais pequeno que seja, seria um raio de esperança, um sinal de que não estão esquecidos e de que há pessoas que se preocupam. Ao ajudar esta família, não está apenas a dar-lhes ajuda material, está a devolver-lhes a dignidade e a esperança num futuro melhor.

um futuro melhor.