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Jápassaram mais de duas semanas desde que Akila morreu e a sua família mal consegue dormir. O seu maior desejo agora é levar o corpo de Akila para casa e fazer-lhe um funeral.

Na manhã de 30 de junho, ocorreu uma tragédia numa discoteca em Bucareste.

Akila era um dos 10 000 cingaleses que se mudaram para a Roménia com um visto de trabalho em 2023. Na altura, tinha 27 anos e trazia consigo uma vasta experiência, tendo trabalhado como chefe de cozinha em hotéis do Sri Lanka, e qualificações académicas que comprovavam as suas competências.

A sua companheira descreve-o como um homem que não tinha medo de defender os que o rodeavam e de falar por eles, especialmente quando eles não podiam ou não se atreviam. Um homem corajoso e confiante que ajudava os seus amigos, que apoiava verdadeiramente os seus pais e irmãos e que colocava paixão no seu trabalho. Estiveram juntos durante nove anos, período durante o qual, diz ela, "ele cuidou de mim com muito amor. Nos tempos livres, gostava de ver filmes".

Passarammais de duas semanas desde a morte de Akila e a família mal consegue dormir. O seu maior desejo agora é levar o corpo de Akila para casa e fazer-lhe um funeral.

Mas os custos do repatriamento estão para além das suas possibilidades. Por outro lado, Akila, como a maioria dos não europeus que se mudam para a Roménia com um visto de trabalho, contraiu um grande empréstimo com juros elevados para financiar a sua viagem e a sua mudança. Quando partiu, ainda estava a pagar o empréstimo.

Por conseguinte, lançamos esta campanha de angariação de fundos para pagar as despesas de repatriamento, ajudando a família de Akila no Sri Lanka a trazer o seu filho/irmão/parceiro para casa (≈ 4000 euros). Para além do transporte do corpo, pretendemos também angariar os fundos necessários para apoiar a família no reembolso do saldo em dívida do empréstimo bancário (≈ 2500 euros) pelo qual Akila tinha garantido a casa. Note-se que este é um custo significativo no Sri Lanka, onde o salário médio é de cerca de 1300 lei.

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Os trabalhadores asiáticos são um grupo cada vez mais numeroso e vulnerável na sociedade romena. Embora o governo romeno anuncie todos os anos novas e generosas quotas de mão de obra estrangeira, ainda não implementou qualquer estratégia de inclusão para as dezenas de milhares de pessoas que chegam ao país. As instituições do Estado não organizam cursos gratuitos de língua romena, não gerem programas de mediação cultural, não fornecem informações sobre direitos, responsabilidades, legislação ou cultura local, nem assistência jurídica nos muitos casos em que são vítimas de abusos por parte de empregadores e outros.

E, no entanto, muitas delas são as pessoas que preparam a nossa comida nos nossos restaurantes preferidos, que a embalam para as prateleiras dos supermercados e que constroem cidades para as gerações futuras.

Esta campanha não se refere apenas a Akila, mas a todos aqueles que vêm para a Roménia em busca de uma vida melhor e enfrentam dificuldades invisíveis. Vamos mostrar-lhes que os vemos e que nos preocupamos com eles.

PT:

Campanha de angariação de fundos para trazer a Akila para casa

Já passaram mais de duas semanas desde que Akila faleceu e a sua família mal consegue dormir. O seu maior desejo agora é trazer o corpo de Akila de volta ao Sri Lanka e dar-lhe um funeral digno.

Na manhã de 30 de junho, aconteceu uma tragédia num clube noturno em Bucareste.

Akila foi um dos 10.000 cingaleses que se mudaram para a Roménia com um visto de trabalho em 2023. Na altura, tinha 27 anos e uma experiência valiosa como chefe de cozinha em hotéis no seu país, para além de fortes qualificações académicas.

A sua companheira descreve-o como um homem corajoso e confiante, que defendia os que o rodeavam e falava em seu nome, especialmente quando eles não podiam. Estavam juntos há nove anos, durante os quais, diz ela, "ele cuidou de mim com muito amor. Nos tempos livres, adorava ver filmes".

Passaram mais de duas semanas desde que Akila faleceu e a sua família mal dorme. O seu maior desejo agora é trazer o corpo de Akila para o Sri Lanka e fazer-lhe um funeral digno.

Infelizmente, os custos do repatriamento estão para além das suas possibilidades. Akila, como muitos não europeus que se mudam para a Roménia para trabalhar, contraiu um grande empréstimo com juros elevados para financiar a sua viagem e a sua nova vida. Quando faleceu, ainda estava a pagar o empréstimo.

Estamos a lançar esta campanha de angariação de fundos para ajudar a cobrir os custos de repatriamento e ajudar a família de Akila no Sri Lanka a trazer o seu filho/irmão/parceiro para casa (≈ 4000 EUR). Para além do transporte do corpo, também queremos angariar fundos para ajudar a pagar o restante empréstimo bancário (≈ 2500 EUR), que Akila garantiu com a casa da família. Trata-se de um encargo significativo no Sri Lanka, onde o salário médio mensal é de cerca de 1300 lei.

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Os trabalhadores asiáticos representam um grupo cada vez mais numeroso e vulnerável na sociedade romena. Embora o governo romeno anuncie todos os anos novas e generosas quotas de mão de obra estrangeira, ainda não implementou qualquer estratégia de inclusão para as dezenas de milhares de pessoas que chegam ao país. As instituições estatais não organizam cursos gratuitos de língua romena, não gerem programas de mediação cultural, não fornecem informações sobre direitos, responsabilidades, legislação ou cultura local, nem oferecem assistência jurídica nos muitos casos em que estes trabalhadores são vítimas de abusos por parte dos empregadores e não só.

No entanto, muitos deles são as pessoas que preparam a nossa comida nos nossos restaurantes preferidos, que a embalam para as prateleiras dos supermercados e que constroem as cidades para as gerações futuras.

Esta campanha não é apenas sobre Akila, mas sobre todos aqueles que vêm para a Roménia à procura de uma vida melhor e enfrentam dificuldades invisíveis. Vamos mostrar-lhes que os vemos e que nos preocupamos.